terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

SORRATEIRA


Entrastes sorrateira
meio assim de sopetão
e na vez primeira
me roubaste a solidão.

Abristes a geladeira
que era o meu coração.
Te destes toda, inteira.
E eu farto, bobo, babão.

Depois o cansaço... a canseira.
Saciado o tolo... glutão.
Dormi e dei bobeira;
fugistes, linda ilusão.

Um comentário:

Silvana Bronze disse...

Fugistes...
fugistes do meu coração.
Muito belo meu velho, muito belo!