AMORA
Pirei quando ouvi o teu nome.
Nome de fruta; Amora!
Puta! Que nome, que mina.
Um jeito tão dona e menina.
Namora Amora!
Veste este verso, despe este canto.
Descobre este corpo maldito
que absorve o meu grito
na hora do encanto.
Morde minha veia, chupa meu sangue.
Xinga a vizinha, bebe o meu leite.
Vai na cozinha e pega o azeite.
Não tem? Margarina!
Ai, que mina!
Já chegou pronta.
Passou-se da conta.
Ficou me devendo
e deixou assinado em meu corpo
seu débito, seu cheiro, sua sina.