Sem mais, nem menos
Não resisto à uma investigação.
Tudo que eu tenho cabe num saco de gude.
O meu maior sonho não passa do joelho.
Passo longe das idéias, adoro um conselho.
Vivo à cata de um olhar que me redima.
Sou visto e não me enxergo.
Coleciono sê-los, mas não sou.
Quando estou nú acho tudo um exagero.
Já vestido, sinto falta do meu pelo.
A minha indecisão já foi até patenteada.
Procurei por mim em tudo e me achei em nada!
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Um deus ateu
Um deus tráido na confissões
Um deus perdido nas solidões
Um deus bandido nas soluções
Um deus querido nas multidões.
Que não sabe o valor que eu dou pro amor
Que não sabe o valor que eu dou pra dor.
Um deus sentido nas orações
Um deus saído dos corações
Um deus ferido, com arranhões
Um deus nos livros, nas coleções.
Que não sabe o valor que eu dou pro amor
Que não sabe o valor que eu dou pra dor.
Um deus tão crente dentro da gente
Um deus tão pasmo com o meu marasmo
Um deus tão certo, nem tão perto
Um deus tão triste com o dedo em riste.
Que não sabe o valor que eu dou pro amor
Que não sabe o valor que eu dou pra dor.
Um deus tão sério e cheio de mistério
Um deus assim, longe de mim
Um deus aflito pelo meu grito
Um deus ateu, nem teu nem meu!
Um deus tráido na confissões
Um deus perdido nas solidões
Um deus bandido nas soluções
Um deus querido nas multidões.
Que não sabe o valor que eu dou pro amor
Que não sabe o valor que eu dou pra dor.
Um deus sentido nas orações
Um deus saído dos corações
Um deus ferido, com arranhões
Um deus nos livros, nas coleções.
Que não sabe o valor que eu dou pro amor
Que não sabe o valor que eu dou pra dor.
Um deus tão crente dentro da gente
Um deus tão pasmo com o meu marasmo
Um deus tão certo, nem tão perto
Um deus tão triste com o dedo em riste.
Que não sabe o valor que eu dou pro amor
Que não sabe o valor que eu dou pra dor.
Um deus tão sério e cheio de mistério
Um deus assim, longe de mim
Um deus aflito pelo meu grito
Um deus ateu, nem teu nem meu!
Sois, voz ...
Sois voz,velho timoneiro
em cuja barba branca
deito minhas lágrimas.
Sois voz,
lindo menino levado
que, ora me adula, ora me beija,
ora me deixa de lado.
Sois voz,
do olho brilhante, adolescente
que, quando diz a verdade,
não sabe o quanto mente.
Sois voz,
grande homem sem defeitos,
o prodígio dos feitos,
maravilha rara da imaginação.
Sois voz,
amante apaixonado,
que nunca vê a razão,
sua vizinha, ao lado.
Sois voz,
velho amargo, patriarca
que nunca deixa eu esquecer
dos meus defeitos de alicerce.
Sois voz,
jovem, louco e sonhador
que acredita tanto no homem,
um sonho de amador.
Somos, todos nós,
o tudo, enfim,
pedaços de minh'alma,
dentro de mim.
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